A
oferta de crédito por instituições financeiras cresceu seis vezes nos últimos
dez anos, enquanto a inadimplência (número de dívidas em atraso por mais de 90
dias) caiu.
Os
dados foram divulgados nesta quinta-feira (7) pela Anefac (Associação Nacional
dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
A
pesquisa da Anefac levou em consideração aos dados de junho de 2004 até junho
de 2014. Durante este intervalo, o volume de crédito ofertado subiu de
R$ 442,4 bilhões para R$ 2,83 trilhões, uma alta de mais de 500%.
Apesar
da alta expressiva na oferta de crédito, a inadimplência caiu de 7,2% do total
dos empréstimos em 2004 para 4,8% do total dos empréstimos em 2014, um recuo de
2,4 pontos percentuais,
Para
Miguel Ribeiro de Oliveira, no entanto, um cenário econômico como o atual, com
"inflação alta, elevação das taxas de juros e baixo crescimento econômico,
fatores que afetam a renda do consumidor", pode acabar elevando os índices
de inadimplência.
Taxa
de juros e ganhos dos bancos também caíram
As
taxas de juros das operações de crédito com recursos livres (nos quais a
própria instituição define a taxa cobrada) caíram de 44% ao ano em junho de
2004 para 32% ao ano em junho de 2014.
Em dez
anos, o spread bancário (diferença entre o custo de captação dos bancos e as
taxas de juros cobradas dos clientes) teve redução de 6,1 pontos percentuais,
caindo de 27% ao ano para 20,9% ao ano no período.
O prazo
médio dos financiamentos subiu de 7,6 meses em 2004 para 36 meses em 2014.
Oferta
de crédito ainda pode crescer
Em
junho de 2004, o volume de crédito ofertado equivalia a 26,1% do PIB (Produto
Interno Bruto), número que saltou para 55,3% do PIB em 2014.
A
entidade avalia, no entanto, que ainda há espaço para aumento da oferta de
crédito, já que, em algumas economias mais maduras, o crédito chega a
ultrapassar o montante total do PIB.
"Isso
demonstra que temos ainda um ambiente favorável à expansão do crédito",
afirmou o diretor executivo de Pesquisas e Estudos Econômicos da Anefac, Miguel
José Ribeiro de Oliveira.
Fonte: UOL Economia
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