O
crescimento da produção do setor de serviços do Brasil desacelerou em julho e
atingiu o menor nível desde janeiro, com impacto misto da Copa do Mundo na
atividade, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na
sigla em inglês) divulgada nesta terça-feira.
O PMI
de serviços do Brasil caiu a 50,2 em julho e se afastou da máxima de seis meses
de 51,4 vista em junho, mas ainda assim manteve-se pelo sexto mês seguido acima
da marca de 50 que indica expansão.
"(A
desaceleração) reforça a percepção de que as condições econômicas continuam
fracas", afirmou o economista-chefe do HSBC, André Lóes.
A
leitura mais baixa desde os 49,6 vistos em janeiro somou-se à contração no PMI
da indústria e o PMI Composto caiu em julho a 49,3, menor nível desde agosto de
2012, contra 49,9 no mês anterior.
No
setor de serviços, o Markit, que realiza a pesquisa, destacou que houve aumento
acentuado na atividade de Hotéis e Restaurantes, porém a produção caiu no setor
de Aluguéis e Atividades de Negócios.
A Copa
do Mundo foi citada pelos entrevistados como principal responsável pelo aumento
moderado do volume de novos negócios, o que levou as empresas de serviços a
aumentarem o quadro de funcionários pelo 17º mês seguido, ainda que de forma
modesta.
Por
outro lado, a Copa também foi citada como motivo para a redução do volume de
negócios pendentes.
Já os
custos de compra das empresas aumentaram em julho pela taxa mais fraca desde o
início da série em março de 2007, e como consequência a taxa de inflação dos
preços cobrados enfraqueceu. Porém o subsetor de Hotéis e Restaurantes
registrou crescimento sólido nos preços de insumos, o que foi repassado ao
consumidor.
As
empresas de serviços também demostraram forte otimismo, com mais de um terço
dos entrevistados esperando aumento na atividade durante o próximo ano e
citando perspectivas fortes de crescimento no futuro.
Fonte: REUTERS
Nenhum comentário:
Postar um comentário