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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Falta de guerreiros cibernéticos prejudica combate a hackers




Para os governos e corporações acuados pela frequência cada vez maior de ataques pela internet, o maior desafio é encontrar guerreiros cibernéticos capacitados para reagir.

As atividades hostis de espiões, sabotadores, concorrentes e criminosos abrem espaço para a expansão das atividades das empresas de segurança digital, as quais são capazes de atrair os melhores talentos das unidades cibernéticas governamentais.

O Comando Cibernético dos EUA deve quadruplicar de tamanho até 2015, recebendo 4.000 novos funcionários. A Grã-Bretanha anunciou no mês passado a criação da nova Reserva Cibernética Conjunta, e do Brasil à Indonésia governos nacionais criam forças semelhantes.

Mas a demanda por especialistas supera amplamente o número de profissionais qualificados para a tarefa, e os governos acabam perdendo mão de obra para concorrentes que oferecem grandes salários.

"Como com qualquer coisa, realmente se resume ao capital humano, e não há simplesmente suficiente dele", disse Chris Finan, ex-diretor de segurança cibernética na Casa Branca e hoje pesquisador-sênior do Projeto Truman de Segurança Nacional, além de trabalhar para uma start-up no Vale do Silício.

"(Os profissionais) escolhem onde trabalhar com base no salário, estilo de vida e falta de uma burocracia interferente, e isso torna particularmente difícil trazê-los para o governo."

Os ataques cibernéticos podem ser caros. Uma empresa de capital aberto de Londres, cujo nome não foi revelado, sofreu prejuízos de 800 milhões de libras (R$ 2,8 bilhões) por causa de um ataque cibernético anos atrás, segundo serviços britânicos de segurança.

Globalmente, os prejuizões oscilam entre US$ 80 bilhões e US$ 400 bilhões por ano, segundo pesquisa do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, de Washington, patrocinado pela McAfee, subsidiária da Intel.

Há ataques de muitos tipos. Alguns envolvem apenas a transferência de dinheiro, mas com mais frequência também há furto de dados de cartões de crédito de clientes. Outro tipo de apropriação é o de propriedade intelectual ou segredos comerciais, para garantir vantagens empresariais.

As vítimas também podem sofrer ataques de "hacktivistas", como a negação de serviço dirigido ou a derrubada de sites, cujo conserto pode custar caro.

Quantificar os prejuízos exatos é algo quase impossível, especialmente quando segredos e dinheiro não são os únicos alvos.

Embora nenhum governo tenha assumido a responsabilidade pelo vírus Stuxnet que destruiu centrífugas nucleares iranianas, existe a forte convicção de que se tratou de um projeto conjunto dos EUA e de Israel.

A Grã-Bretanha diz ter bloqueado no ano passado 400 mil ameaças cibernéticas avançadas contra a Intranet protegida do governo, enquanto um vírus disparado contra a empresa energética saudita Aramco, possivelmente a companhia mais valiosa do mundo, destruiu dados em milhares de computadores e colocou nas telas uma imagem da bandeira dos EUA em chamas.

Fonte: Folha.com


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