A atividade do setor de serviços no
Brasil registrou contração em janeiro pela primeira vez em cinco meses. As
empresas pesquisadas citaram dificuldades na obtenção de crédito e um cenário
econômico turbulento, de acordo com pesquisa feita pelo HSBC.
O índice de
atividades de negócios passou de 51,7 no último mês de 2013 para 49,6 no início
de 2014. Leituras acima de 50 indicam expansão e abaixo, retração. A pesquisa é
feita com cerca de 350 empresas do setor e agrega dados sobre produção, preços,
emprego, entre outros.
Quatro dos
seis setores monitorados registraram queda na atividade. As duas exceções foram
intermediação financeira e aluguéis e atividades de negócios. As empresas
informaram pressões competitivas, falta de financiamento bancário e condições
econômicas adversas , diz o HSBC em seu relatório.
OTIMISMO E
PREOCUPAÇÕES
Para André
Loes, economista-chefe no HSBC Brasil, o setor começou o ano mais fraco do que
se esperava. No lado positivo, os provedores de serviços registraram aumento
nos novos pedidos pelo 17º mês consecutivo.
O ritmo de
aumento foi modesto, mas o maior desde outubro. O emprego também aumentou nos
segmentos de intermediação financeira e de alugueis e atividades de negócios.
As empresas
de serviços do Brasil mantiveram-se otimistas em relação às perspectivas para a
atividade de negócios no próximo ano.
Porém, os
dados de janeiro indicaram que o nível de otimismo caiu, atingindo o seu ponto
mais frágil em um ano.
Ao mesmo
tempo em que os entrevistados atribuíram o sentimento positivo aos planos de
expansão dos negócios, à demanda mais forte e à Copa do Mundo, houve
preocupações com as pressões inflacionárias e com as eleições presidenciais.
O HSBC
informou ainda que o índice consolidado de dados de produção - que agrega
serviços e indústria - caiu de 51,7 para 49,9 entre dezembro de 2013 e janeiro
de 2014.
Fonte: Folha.com
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