Muito
se fala em inovação nos dias atuais e que as empresas brasileiras precisam
praticá-la de maneira sistemática se quiserem competir em nível mundial. Mas o
tema não é novo e o seu conceito foi muito bem enfatizado por Joseph Schumpeter
há décadas.
Em seu
livro de 1942, "Capitalismo, Socialismo e Democracia", o economista
americano de ascendência austríaca Joseph Schumpeter definiu o termo
"destruição criativa" como um impulso fundamental para o motor do
desenvolvimento econômico no mundo capitalista.
As
inovações, geralmente trazidas ao mercado por meio de novos produtos e
serviços, criam mudanças significativas e até proporcionam o surgimento de
novos mercados.
Com
isso, passa a ocorrer uma renovação da dinâmica capitalista, com a destruição
de modelos de negócio e mercados anteriormente dominantes, que são substituídos
pelo novo.
Em
vários setores da economia isso tem sido constatado e, atualmente, essa
proposição continua ainda mais vigente, haja vista a impressionante velocidade
com que as mudanças ocorrem, regendo ou sendo regidas pelo surgimento das
inovações.
Como
exemplo, imagine o mundo atual sem as redes sociais (Facebook, Twitter,
Linkedin, entre outros). Parece algo improvável, não? Agora, procure apostar no
futuro dessas mesmas redes sociais e diga se ainda estarão existindo daqui a 10
anos.
Ou será
que serão substituídas por novas aplicações e soluções que ainda não
conhecemos? Essa é a essência da destruição criativa de Schumpeter, que move o
ímpeto empreendedor do "fazer acontecer".
O que
os novos empreendedores ou aqueles já à frente de negócios precisam fazer hoje,
que é diferente do passado, é colocar em prática suas ideias criativas de
maneira rápida e buscar ganhar escala também rapidamente.
O
desafio, então, não está apenas na destruição criativa, mas na velocidade de
disseminação de um conceito, sempre buscando estar à frente dos concorrentes.
Por
isso que negócios inovadores geralmente demandam muito capital, não só para a
inovação em si, mas para sua inserção no mercado. Portanto, a parceria entre o
empreendedor inovador e os meios de financiamento é crucial.
Essa
barreira vem sendo transposta no Brasil aos poucos, com da criação de fundos
públicos, principalmente ligados à Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e
o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e,
principalmente, com os fundos de capital de risco, que têm crescido no país.
Então,
fica a dica: se você tem uma ideia inovadora, precisará se preparar para
dialogar e negociar com os detentores do capital para transformá-la em sucesso.
Por isso, não basta apenas ter uma grande ideia. Os desafios atuais vão muito
além da destruição criativa!
Fonte: UOL Notícias
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