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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Hostels: hospedagem barata, com qualidade e parâmetros internacionais



A opinião geral é de que a hospedagem no Brasil é bastante cara. E, isto por uma série de razões, parecendo que uma delas é ainda a oferta de leitos reduzida, sobretudo em algumas cidades.
E os preços ficam ainda mais caros em épocas de grande procura como no Carnaval, Réveillon, grandes festivais e eventos, férias etc.
Em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, os preços são salgados (no Rio ainda mais). Deste modo, tanto os turistas brasileiros quanto os estrangeiros que não tenham tantas posses ou que prefiram outro tipo de experiência que o ambiente mais impessoal dos hotéis, ficam com poucas opções de hotelaria mais barata.
No exterior, sobretudo para os turistas mais jovens, a solução já existe há pouco mais de um século.
Não sei se o leitor já teve a experiência de se hospedar em algum albergue ou hostel. Nas minhas relações mais próximas há quem já o tenha feito em viagem com a turma de colegas na Europa. E, de fato, este tipo de hospedagem é bem afeita à população mais jovem.
Há jovens que preferem a possibilidade de compartilhar com outros jovens de diferentes nacionalidades e culturas desde a experiência de dividir quartos quanto os espaços de convivência.
Dependendo do albergue, os banheiros também são compartilhados (femininos e masculinos). Há regras muito claras de convivência, desde horários de café da manhã, refeições, entrada e saída do albergue, limpeza e arrumação.
Famílias também buscam albergues e tem como serem hospedadas em quartos separados, e mesmo casais tem como se hospedar naqueles que ofereçam quarto reservado, até com banheiro exclusivo.
Engana-se, no entanto, quem acha que esses albergues não possam oferecer mais requinte. Há hostels mais sofisticados que se posicionam como "hostel boutique", oferecendo ambientes decorados tanto nas áreas de socialização quanto nos quartos e banheiros.
A Copa do Mundo ajudou a acelerar o interesse de empreendedores por este tipo de negócio no Brasil. Diversas unidades foram inauguradas com olho no movimento dos turistas, sobretudo estrangeiros. Para alguns, esta expectativa foi frustrada, pois a demanda não foi tão elevada.
Particularmente os turistas brasileiros ainda têm preconceito e são menos afeitos à procura de albergues. Esta experiência de compartilhamento não lhes apetece muito, mesmo que os preços sejam atrativos.
Há de ter uma abertura e disposição que são mais frequentemente percebidas nos turistas mais acostumados com os albergues, por exemplo, os europeus.
Hoje, com mais divulgação, escolha cuidadosa de localização, cumprimento de exigências do movimento, medidas de segurança que possibilitam ao hóspede guardar objetos e bagagem pessoal em armários seguros, serviços de vigilância, e pessoal mais treinado para interagir com estrangeiros, essas barreiras começam a diminuir.
As federações e associações de albergues são fontes de informação quanto aos critérios a serem seguidos, desde faixas de preços, cuidados ambientais, prevenção de contaminação, reciclagem e eliminação de desperdícios, entre outros. O empreendedor interessado deverá pesquisar nestas fontes, bem como é interessante que visite e que se hospede em vários deles.
Há de ter a experiência pessoal, além de conhecimento sobre negócios, hotelaria e turismo. Contudo, não ache que o investimento inicial venha a ser pago velozmente. A operação do demanda tempo de ajuste, formação de equipe, bom trabalho de marketing e imagem.
Fonte: UOL Notícias

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