Quando
observamos o cotidiano das empresas em fase de amadurecimento, nos seus 12 a 15
anos iniciais, percebemos que muitos empreendedores estabelecem, nesse curto
período, uma rotina similar a adotada por empregados que acreditam serem
estáveis nos seus empregos.
A
armadilha do cotidiano geralmente surge com a rotina estafante de manter uma
empresa em funcionamento. São tantos impostos, tantas continhas picadas, tantos
probleminhas e, o pior, tantas fofoquinhas para gerenciar que quando o
empresário ou empresária percebe, os anos, os quinquênios e as décadas se
passaram.
Os
lucros continuam a pingar, mas ao olhar para o mercado descobre que empresas
concorrentes com o mesmo perfil estão tremendamente à frente da sua. E quando
analisa com mais rigor as razões, talvez conclua, que além do esforço de
coordenar o cotidiano, que os concorrentes agregaram inteligência competitiva
às suas empresas.
Essa
inteligência competitiva requer iniciativa dos donos ou diretores da empresa em
buscar ajuda que vai muito além das habilidades de seus subordinados. Por ser
uma qualidade intangível exige prospecção semelhante à que se faz ao buscar
novos sócios.
As
grandes empresas agregam inteligência competitiva através da nomeação ou
contratação de um conselho que atua no desenvolvimento de cenários que
apresentam e discutem periodicamente com os principais gestores ou donos da
empresa.
As
empresas iniciantes podem agregar essa inteligência competitiva escolhendo ou
estimulando troca de ideias periódicas com algum profissional qualificado, seja
do ambiente acadêmico ou aposentado no mesmo setor de atuação da empresa,
por exemplo.
Essa
troca de ideias, que deve ser realizada de maneira formal, e com a produção de
relatórios e com encaminhamentos gerenciais, que precisam ser colocados em
prática e avaliados periodicamente.
Dessa
maneira, o proprietário ou gestor que ainda está em fase de amadurecimento da
empresa, antes da virada dos 15 anos, por exemplo, se destacará em relação aos
seus concorrentes.
Incorporará
ideias, melhorará procedimentos, otimizará o relacionamento dos funcionários,
reduzirá os ruídos (como as fofocas, por exemplo) e extrairá dos processos da
empresa a criatividade competitiva.
Que
fará diferença a médio e longo prazos e deixará para trás seus concorrentes.
Especialmente aqueles que, em vez de investir na inteligência competitiva, continuarem
a se afogar nas burocracias, nos ruídos gerenciais e nas fofocas que corroem o
futuro da maioria dos empreendimentos que hoje estão apenas iniciando sua
caminhada.
Fonte: UOL Notícias
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