A
inflação oficial brasileira surpreendeu em setembro ao, em 12 meses, atingir o
maior nível em quase três anos e se afastar ainda mais do teto da meta do
governo, impulsionada pelos preços de alimentos às vésperas da realização do
acirrado segundo turno da eleição presidencial.
O
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,57 por cento no
mês passado, acumulando em 12 meses 6,75 por cento, maior nível desde outubro
de 2011 (6,97 por cento), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) nesta quarta-feira,
Em
agosto, o indicador havia avançado 0,25 por cento na base mensal, acumulando em
12 meses 6,51 por cento, já acima do teto da meta oficial --4,5 por cento, com
margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
Os números
de setembro do IPCA ficaram bem acima das expectativas em pesquisa da Reuters,
cujas medianas apontavam alta de 0,47 por cento na comparação mensal e 6,64 por
cento em 12 meses.
A
inflação tem ficado acima de 6 por cento há meses, mesmo com a política de
juros elevados do Banco Central, tornando-se um dos principais problemas para a
presidente Dilma Rouseff (PT), que tem pela frente uma disputa bastante
apertada com o candidato do PSDB, Aécio Neves, no segundo turno das eleições.
No mês
passado, segundo o IBGE, o maior impacto de alta veio do grupo Alimentação e
Bebidas, cujo preços subiram 0,78 por cento, respondendo por 0,19 ponto
percentual do indicador. Com isso, o grupo deixou para trás três meses de queda
nos preços.
Também
pesaram em setembro a inflação nos grupos Habitação (0,77 por cento) e
Transporte (0,63 por cento).
O IBGE
informou ainda que os preços administrados, que pressionam a inflação neste ano
e devem pesar também em 2015, desaceleraram a alta a 0,40 por cento no mês
passado, contra 0,51 por cento em agosto.
Por
outro lado, os custos de serviços, outra fonte de pressão, aceleraram a alta a
0,77 por cento em setembro, sobre 0,59 por cento no mês anterior.
Fonte: REUTERS
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