Diante
da desaceleração da economia neste ano, o Brasil não vai conseguir cumprir a
meta de superavit primário (a economia dos gastos públicos para o pagamento dos
juros da dívida), diz um relatório publicado nesta quarta-feira (8) pelo FMI
(Fundo Monetário Internacional).
Segundo
o relatório "Monitor Fiscal", o superavit primário em 2014 será de
1,3% do PIB (Produto Interno Bruto), abaixo da meta de 1,9% estabelecida pelo
governo.
O FMI
diz que o resultado se deve "ao ritmo de atividade econômica no ano menor
do que o esperado".
Na
terça-feira, em outro relatório, o FMI rebaixou sua projeção de crescimento
para a economia brasileira neste ano de 1,3% para 0,3%.
Apesar
de o governo manter a meta de superavit primário em 1,9% neste ano, os
analistas de mercado brasileiro já vem apostando em resultado menor.
Segundo
o mais recente Boletim Focus, divulgado na segunda-feira pelo Banco Central, a
previsão é de que o indicador feche em 1%.
Para
2015, o FMI prevê que a economia brasileira deverá ter desempenho um pouco
melhor, com avanço de 1,4%, e o superávit primário será de 2%.
Em
2016, a projeção é de superavit primário de 2,5%.
O
relatório, divulgado durante a reunião anual do FMI e do Banco Mundial, em
Washington, reúne projeções sobre as contas públicas de diversos países.
O FMI
projeta que a o deficit nominal brasileiro fique em 3,9% do PIB neste ano e
recue para 3,1% em 2015.
Para a
dívida pública a projeção é de 65,8% do PIB neste ano, abaixo da previsão
anterior, de abril, que era de 66,7%. No ano que vem, deve ficar em 65,6%.
Fonte: BBC BRASIL
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