Todos
os anos, a empresa de pesquisa norte-americana de pesquisa Dalbar publica seu
relatório quantitativo de comportamento do investidor. Ele analisa as entradas
e saídas de fundos mútuos para determinar os ganhos dos investidores e
compará-los com seus benchmarks. Em 20 anos, o estudo mostrou que o S&P 500
marcou uma alta anual média de 9,2% enquanto o investidor de fundos de ações
ganhou, em média, apenas 5% por ano.
O
colunista do site MarketWatch George Sisti lista sete razões que explicam essa
diferença de desempenho.
1
– Falta de qualificação
A Dalbar afirma que as tentativas de corrigir um mau comportamento de investimentos através da educação financeira falharam: "a crença de que os investidores vão tomar decisões prudentes se tiverem mais conhecimento está totalmente sem crédito".
A Dalbar afirma que as tentativas de corrigir um mau comportamento de investimentos através da educação financeira falharam: "a crença de que os investidores vão tomar decisões prudentes se tiverem mais conhecimento está totalmente sem crédito".
Em
outras palavras, os investidores são financeiramente iletrados e desavisados
das consequências no longo-prazo que suas decisões tomadas na emoção trazem,
afirma George Sisti.
2
– Negociar muito
Estudos de comportamento do investidor mostram que quanto mais se olha para o portfólio, mais negócios são feitos. E estes levantamentos também indicam que os investidores que fazem mais trades são os que têm os resultados mais fracos.
Estudos de comportamento do investidor mostram que quanto mais se olha para o portfólio, mais negócios são feitos. E estes levantamentos também indicam que os investidores que fazem mais trades são os que têm os resultados mais fracos.
As
corretoras gastam com propaganda para fazer com que o investidor movimente a
carteira e gere lucro para a instituição. "Esqueça os estudos, você pode
bater o mercado". Essa fantasia é a maior mentira do mercado, afirma o
colunista.
3
– Não ter um plano
Investidores que têm um plano e objetivos bem definidos são menos influenciados por outras pessoas na hora de investir. Um bom planejamento requer entendimento do mercado de capitais, taxas, entre outros.
Investidores que têm um plano e objetivos bem definidos são menos influenciados por outras pessoas na hora de investir. Um bom planejamento requer entendimento do mercado de capitais, taxas, entre outros.
Muitas
pessoas não têm tempo ou vontade de estudar e não sabem como criar um plano
financeiro. Neste caso, não há problema em pedir ajuda, afirma o colunista. Mas
antes de aceitar conselhos de um assessor financeiro profissional, é importante
pedir um plano por escrito que inclua suas receitas, seus gastos, metas,
tolerância a risco e horizonte de tempo.
4
– Acreditar em desempenho anterior
Investidores ouvem em todos os "disclaimers" que a performance passada não é garantia para retornos futuros. Infelizmente, a maior parte deles esquece esse aviso sob a ingênua suposição de que é possível achar os ganhadores de amanhã ao analisar a performance passada.
Investidores ouvem em todos os "disclaimers" que a performance passada não é garantia para retornos futuros. Infelizmente, a maior parte deles esquece esse aviso sob a ingênua suposição de que é possível achar os ganhadores de amanhã ao analisar a performance passada.
5
– Ter muita confiança
Muitos investidores expressam fortes opiniões sobre como o mercado de ações, uma ação específica ou a economia vai se sair no futuro próximo. O colunista cita um estudo que revelou que 70% dos investidores se julgavam com conhecimentos acima da média e superestimavam retornos passados de seus portfólios. O estudo concluiu que a maior parte dos investidores individuais são incompetentes e muito confiantes – uma combinação perigosa, para dizer o mínimo.
Muitos investidores expressam fortes opiniões sobre como o mercado de ações, uma ação específica ou a economia vai se sair no futuro próximo. O colunista cita um estudo que revelou que 70% dos investidores se julgavam com conhecimentos acima da média e superestimavam retornos passados de seus portfólios. O estudo concluiu que a maior parte dos investidores individuais são incompetentes e muito confiantes – uma combinação perigosa, para dizer o mínimo.
6
– Dissecar o portfólio
O portfólio é uma soma de várias partes. O conselho do colunista é não tentar microgerenciar a carteira ao analisar obsessivamente o desempenho recente de cada papel. Uma seleção de investimentos bem diversificada sempre terá papéis que recentemente se saíram pior do que as expectativas.
O portfólio é uma soma de várias partes. O conselho do colunista é não tentar microgerenciar a carteira ao analisar obsessivamente o desempenho recente de cada papel. Uma seleção de investimentos bem diversificada sempre terá papéis que recentemente se saíram pior do que as expectativas.
7
– Pensar só no curto
prazo
Sisti cita mais uma conclusão do relatório da Dalbar: "Em nenhum momento o investidor comum permaneceu tempo o suficiente com uma aplicação para colher todos os benefícios".
Sisti cita mais uma conclusão do relatório da Dalbar: "Em nenhum momento o investidor comum permaneceu tempo o suficiente com uma aplicação para colher todos os benefícios".
Este
comportamento cria uma grande diferença entre os resultados dos pequenos
investidores e o desempenho dos índices. "O que eles mais precisam é de
conselhos prudentes sobre como ter retornos consistentes e duradouros e não um
conselho especulativo sobre como superar o mercado", conclui Sisti.
Fonte: InfoMoney
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