A
entrada de novos pedidos sustentou a expansão do setor de serviços do Brasil em
junho, que atingiu o melhor resultado desde o final do ano passado com forte
recuperação das expectativas, apontou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras
(PMI, na sigla em inglês) nesta quinta-feira.
O PMI
de serviços do Brasil avançou em junho a 51,4, após ficarem em 50,6 em maio,
quinto mês seguido acima da marca de 50 que divide crescimento de contração e o
melhor nível desde dezembro passado(51,7).
Embora
o Markit, que realiza a pesquisa, tenha considerado que a taxa de expansão foi
"modesta", o resultado ajudou a compensar a fraqueza no PMI da
indústria para elevar ligeiramente o PMI Composto a 49,9 em junho, sobre 49,8
no mês anterior. Esse foi o terceiro mês seguido do índice abaixo da marca de
50.
No
setor de serviços, a atividade de negócios aumentou em quatro das seis
subcategorias monitoradas, garantindo o 22º segundo mês seguido de crescimento
dos novos negócios, com destaque para Hotéis e Restaurantes.
Como
consequência, as empresas de serviços brasileiras ampliaram o número de
funcionários no mês passado, ainda que a um ritmo apenas marginal.
O
aumento da atividade de serviços no Brasil ocorre em meio à realização da Copa
do Mundo, disputada em 12 cidades entre 12 de junho e 13 de julho e que atraiu
milhares de turistas.
O setor
também viu em junho a inflação dos preços de insumos desacelerar ao nível mais
fraco para as séries, diante de negociações bem sucedidas com fornecedores. Com
isso, cerca de 1 por cento dos entrevistados relatou preços mais elevados
cobrados pelos produtos finais.
Depois
de atingir em maio o nível mais baixo desde o início da pesquisa, o otimismo em
relação ao próximo ano melhorou com força no mês passado, chegando ao melhor
patamar em três meses.
Segundo
o Markit, cerca de 49 por cento das empresas pesquisadas esperam aumento da
atividade em 12 meses, com expectativas de demanda mais forte e condições
econômicas melhores.
"O
que chamou nossa atenção foi que o Índice de Expectativas de Negócios recuperou
praticamente toda a perda dos últimos dois meses. Apesar da melhora, estimamos
que a economia brasileira continuará fraca nos próximos meses", destacou o
economista-chefe do HSBC, André Lóes.
Fonte: REUTERS
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