Pense por um minuto e responda duas perguntas: você prefere ganhar uma
viagem legal agora, mas que vem com benefícios limitados em tempo, estadia e
dinheiro para gastar, ou prefere uma para o mesmo lugar, porém daqui a quatro
anos e com mais tempo de estadia, um hotel melhor, passagens de primeira classe
e mais dinheiro para se divertir?
E se mudarmos o prazo? Seria melhor uma viagem daqui a quatro anos com
benefícios limitados ou uma daqui a oito com os benefícios bem melhores? Se
você respondeu que prefere a viagem agora na primeira pergunta e, na segunda, a
viagem com opções melhores, daqui a oito anos, você é bem semelhante à maioria
das pessoas que responderam um estudo sobre como se comportam e tomam decisões
envolvendo escolhas imediatas e para o futuro.
Ou seja, você é normal. Mas isso não quer dizer que você toma as
melhores decisões para si mesmo quando está diante de uma oportunidade. Mas
mostra também que sempre que você tem tempo para pensar, em geral, escolhe
muito melhor.
Vemos isso acontecer no dia a dia quando caímos em tentações que estão
diante de nós e adiamos mudanças de comportamento que são importantes para
nossa vida, como cuidar melhor do nosso dinheiro, por exemplo.
Já viu isso acontecer com você? É só se lembrar da última promoção em
que comprou o que não precisava ou dos planos para melhorar a saúde que
aparecem sempre nas promessas de Ano Novo. Agora, a boa noticia é que dá para
se prevenir das nossas próprias armadilhas e fazer melhores escolhas.
Diminuímos a chance de cairmos em tentação e desperdiçarmos tempo e
dinheiro em coisas que não são a melhor escolha para nós quando temos alguma
meta, um planejamento. Por isso, definir uma meta com o que queremos alcançar,
quando, quanto custa e o que é necessário fazer é mais do que importante. Ajuda
a chegar lá e aumenta a resistência à tentação. É simples, rápido, fácil e
exige só um pouco de foco.
Uma dica é estabelecer um limite de gastos por mês, uma quantia que
caiba no orçamento, e, assim que este teto for alcançado, não gastar mais. Outra
forma que pode ajudar na hora da escolha, é pensar quantas horas de trabalho
você gasta para conseguir comprar algo. Tendo essa informação na cabeça fica
mais fácil avaliar se o gasto vale a pena, e resistir antes de comprar algo
que, na verdade, não compensa o esforço.
Para tentar facilitar o planejamento, uma outra abordagem em relação ao
dinheiro pode ser também a de "pagar-se primeiro". Para isso, é
necessário definir um valor mensal e colocar este dinheiro numa poupança antes
mesmo de pagar as contas ou fazer outros gastos. Essa é uma ótima forma de
conseguir poupar todos os meses.
Conhecer a si mesmo ajuda a pensar sobre como nosso comportamento está a
favor ou não do nosso progresso. Ajuda também a encontrarmos maneiras de mudar
este comportamento e a cuidar melhor do nosso dinheiro. E o mais interessante é
que, se conseguimos fazer essa mudança, os benefícios vão muito além das
finanças.
Um outro estudo sobre este tema, feito com adultos que se propuseram a
anotar os gastos diariamente, mostra que com esse controle, eles passaram
também a beber menos álcool, fumar menos, melhoraram a alimentação, fizeram
mais atividades e ficaram mais produtivos na escola e no trabalho.
Ao alterar pequenos hábitos, conseguimos alcançar inúmeras conquistas
que talvez nem havíamos previsto. Você assume o controle da sua vida financeira
e isso afeta também positivamente outros aspectos da vida. Pense nisso!
Fonte: UOL Economia
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