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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Mulheres e minorias são penalizadas por promover diversidade



Profissionais mulheres e de minorias étnicas são hoje mais numerosos do que homens brancos no mercado de trabalho americano, mas ainda assim são pouco representados em posições executivas. Nesse contexto, uma questão levantada com frequência é a suposição de que gestores não-brancos e mulheres relutam em empregar e promover membros de seus próprios grupos.

Novas pesquisas apontam, no entanto, que executivas e gestores de minorias étnicas não apenas não veem seus pares como ameaças competitivas, como estão mais dispostos do que homens brancos a empenhar-se em seu progresso. O problema é que, ao tomar atitudes nesse sentido, eles acabam sendo malvistos por superiores e colegas de trabalho.

Segundo os autores do estudo da Universidade de Colorado, isso contribui ao menos em parte para o fenômeno conhecido como "teto de vidro", que impede a ascensão de mais mulheres ou membros de minorias a cargos de alto escalão. O estudo analisou dados de 362 executivos junto a avaliações de colegas de trabalho e chefes sobre aspectos como competência, cordialidad, desempenho e comprometimento com a diversidade. Além disso, foi realizado um experimento com quase 400 estudantes universitários para avaliar se esses julgamentos se repetiam durante processos de recrutamento.

"Líderes mulheres ou de minorias étnicas que adotam comportamentos de valorização da diversidade são penalizados com piores avaliações de desempenho do que brancos ou homens que adotam valorização equivalente", conclui o relatório dos professores David R. Hekman, da Universidade do Colorado, e Wei Yang, da Universidade do Colorado em Boulder.

As mulheres engajadas na valorização da diversidade foram consideradas menos cordiais e com desempenho pior do que líderes homens que agiam da mesma forma. Já gestores pertencentes a minorias étnicas foram vistos como menos competentes do que brancos ao valorizar outros profissionais de grupos minoritários.

O mesmo tipo de julgamento apareceu no experimento com estudantes universitários. Eles avaliaram recrutadores que defenderam a contratação de profissionais mulheres ou pertencentes a minorias étnicas - igualmente qualificados na comparação com os outros candidatos - como forma de valorizar a diversidade. Recrutadores que compartilhavam das características dos candidatos foram vistos como menos competentes pelos estudantes.

"Executivas e líderes de grupos minoritários são penalizados diariamente por fazerem o que todo mundo diz que eles precisam fazer ? ajudar outros membros de seus grupos a exercer seu potencial de gestão", diz o professor Hekman. "É um sinal revelador de que os velhos preconceitos ainda não estão mortos."

Fonte: Valor ONLINE

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