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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Comparação fraca favoreceu alta da confiança do consumidor, diz FGV




A alta de 1% do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), entre agosto e setembro, feitos os ajustes sazonais, está relacionada à baixa base de comparação do indicador, impactado nos últimos meses pelo pessimismo causado pelas manifestações sociais que ocorreram pelo país. A afirmação é da coordenadora técnica de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Viviane Seda.

"O consumidor está se sentindo mais confortável, passado o período turbulento, de manifestações. A confiança aumenta em todas as classes de renda em função disso. Não há fundamentos macroeconômicos que justifiquem essa melhora, apenas a base de comparação baixa", disse ela, acrescentando que as notícias veiculadas acerca do crescimento de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) referente ao segundo trimestre também podem ter refletido sobre a confiança do consumidor. O resultado foi divulgado dia 30 de agosto.

Com a alta, a confiança do consumidor chegou a 114,2 pontos, o maior desde fevereiro (116,2 pontos), mas ainda inferior à média histórica de 114,9 pontos.

A Sondagem do Consumidor, divulgada nesta terça-feira pela FGV, indicou que a confiança da classe de renda dois (entre R$ 2.101 e R$ 4,800) subiu 2,9% em setembro na comparação com agosto, na série livre de influências sazonais. No mesmo período, a confiança da classe quatro (acima de R$ 9.600) teve alta de 1,1%. Nessa base de comparação, as classes de renda um (até R$ 2.110) e três (R$ 4.801 a R$ 9.600) ficaram com seus índices de confiança estáveis.

"O nível de confiança dos quatro grupos permanece abaixo da média histórica. O que está ocorrendo agora é uma recuperação devido à baixa base de comparação", afirmou ela.

Entre agosto e setembro, na série dessazonalizada, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 3,5%, atingindo 121,3 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) teve alta de 0,4%, para 110,8 pontos.

"Houve melhora, devido à baixa base de comparação, mas o consumidor segue preocupado com questões relacionadas à macroeconomia, como emprego inflação e juros. Ele não está certo com o andamento da economia", disse a especialista da FGV.

A instituição pondera que a alta de 4,5%, entre agosto e setembro, do indicador que mede a situação econômica no momento elevou o índice a 85,1 pontos, o mesmo patamar de maio, período anterior às manifestações.

Na avaliação de Viviane, um dos segmentos que mais preocupa o consumidor é o mercado de trabalho. Dados da sondagem indicam que a avaliação do emprego atual caiu 1,1% entre agosto e setembro, ao passo que, no mesmo período, o emprego futuro teve alta de 2%.

"Existe um descasamento entre emprego atual e emprego futuro que ocorre desde março. Os dois indicadores têm oscilado muito nesse período, sempre em direções opostas. A partir disso, o que se pode afirmar é que há uma grande incerteza do consumidor em relação ao mercado de trabalho", disse ela.

Fonte: Valor ONLINE

 


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