Uma pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas)
revelou que, em agosto, a maioria (50,78%) dos inadimplentes tinha dívidas de
mais R$ 500. Em julho, o percentual era ligeiramente menor, atingindo
48,97% dos casos.
O gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges, explica que o
resultado é uma tendência que se mantém desde o início do ano e reflete as
compras de bens duráveis com maior valor agregado e que na maioria das vezes,
são parcelados entre 12 e até 48 meses.
O estudo indicou ainda que a maior parte dos cadastros (25,8%) negativos
concentra-se em CPFs de consumidores com idade entre 30 e 39 anos. Segundo
Borges, estas pessoas tem um perfil atribuído a chefes de família, que arcam
mensalmente com compromissos frequentes e pesados como aluguel, água, luz,
telefone e mensalidade escolar. "Esse fato, aliado à falta de planejamento
financeiro ou à imprevistos, pode acarretar no atraso de parcelamentos."
Por gênero, as mulheres continuam sendo as mais inadimplentes. As consumidoras
representam 54% da parcela de inadimplentes, enquanto que os homens, 46%. Para
os economistas do SPC Brasil, os dados não podem ser considerados
"taxativos", uma vez que a diferença entre os dois gêneros não é
muito expressiva.
"Além disso, segundo nosso banco de dados, as mulheres também são
as que mais consomem [vendas: 58,76% (mulheres) 41,24% (homens)]. Dessa
forma, é natural que sejam ligeiramente mais inadimplentes", finaliza.
Fonte: InfoMoney
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