O
nível de poupança dos brasileiros é um dos piores entre os emergentes. Numa
comparação feita pelo banco Credit Suisse entre sete nações, o país só ficou
atrás do Egito em capacidade de economizar parte da renda.
Enquanto
os chineses -- os melhores poupadores -- conseguem preservar 31% da renda, os
brasileiros poupam apenas 10% dos rendimentos. A cifra só é superior à
registrada no Egito, onde 7% da renda pessoal não é revertida para o pagamento
de bens e serviços.
Mais
da metade dos brasileiros ouvidos na pesquisa disseram não ter uma parcela
extra dos rendimentos que poderiam economizar. Mesmo com um aumento de renda,
consumidores no Brasil -- assim como na Rússia -- mostraram pouca propensão a
aumentar o nível de poupança, diz o estudo.
Os
analistas consideram a cultura de consumo em detrimento de poupança um legado
dos períodos de elevada inflação.
CONSUMO
No
embalo do incremento de renda registrado no país nos últimos anos, os
consumidores do Brasil são os mais otimistas entre os emergentes. Seis em cada
dez brasileiros esperam uma melhora nas finanças pessoais para os próximos seis
meses.
Como
consequência do baixo nível de poupança, aliado ao otimismo, há uma grande
propensão para consumo. Os brasileiros apresentam, por exemplo, a maior
intensão de compra para tênis e roupas de marca.
O
índice é alto em todas as faixas de renda -- vai de 62% entre os consumidores
que ganham até US$ 1.000 (R$1.774) até 74% entre os com renda superior a US$
2.000 (R$ 3.550). Na China, não passa de 50%.
Segundo
o estudo, cerca de 20% das famílias brasileiras têm intenção de adquirir uma
casa nos próximos dois anos e o percentual das que pretendem comprar um carro
varia de 15% a 34%, de acordo com a renda.
A
pesquisa ouviu 13 mil consumidores de Índia, China, Rússia, Brasil, Arábia
Saudita, Egito e Indonésia. No Brasil 1.500 participaram do levantamento.
Fonte:
Folha.com
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