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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Inflação da classe média desacelera em junho, informa a OEB




No mesmo sentido do IPCA, que recuou de 0,37% para 0,26% na passagem mensal, o Índice de Custo de Vida da Classe Média (ICVM), calculado pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), desacelerou de 0,27% para 0,21% entre maio e junho. Mas, ao contrário do cenário traçado por analistas para o indicador do IBGE, o índice que calcula a variação de preços no estrato de renda que vai de 10 a 39 salários mínimos na cidade de São Paulo não deve ter muito alívio daqui em diante, na opinião do coordenador do ICVM, José Tiacci Kirsten.

"Relançamos o índice porque a inflação voltou a preocupar a classe média. Os mais ricos se protegem da inflação com aplicações e os pobres e a classe média baixa são defendidos pelos programas sociais do governo. Já a classe média e média alta fica pressionada com a alta de preços", disse Kirsten, que também é professor da FEA-USP.

Criado em 1983 e descontinuado pela ordem quando os preços se estabilizaram após o Plano Real, o índice foi relançado no mês passado pela OEB devido ao aumento da preocupação com a carestia. O ICVM tem como base as variações de preços captadas pelo IPC-Fipe, mas atribui peso maior a itens consumidos com maior frequência pela classe mais alta, como, por exemplo, combustíveis, viagens ao exterior e serviços médicos fora do convênio.

Mesmo com a expectativa de continuidade de descompressão dos alimentos ao longo do ano, o coordenador avalia que o ICVM pode acelerar nas próximas divulgações em função da alta do dólar, que pesa mais nos custos da classe média do que no indicador oficial de inflação. Acima do teto da meta, em 6,7%, a expectativa de economistas é de que o IPCA anualizado ceda para algo próximo de 6% até dezembro. Já para o indicador da classe média, Kirsten acredita que a tendência é oposta. Nos 12 meses encerrados em junho, o indicador acumula aumento de 5,82%. "Acredito que, se a alta do dólar continuar, 6% será o piso para o ICVM no fim do ano", afirmou.

No mês passado, destacou Kirsten, apenas o grupo despesas pessoais, com alta de 0,66%, representou 45% do avanço do ICVM, porque o item viagem e excursão saltou 9,22% com a escalada da moeda americana. No IPC-Fipe, esses preços têm peso de 2,26%. No ICVM, essa participação aumenta para 3%. Já o grupo recreação e cultura, que representa 6,88% do indicador da classe média, não chega a pesar 2% do índice da Fipe, de acordo com o professor da FEA.

Ele ainda ressalta que, no mês passado, enquanto os índices de preços ao consumidor foram impactados pelo reajuste já revogado das passagens de ônibus e metrô, o grupo transportes registrou deflação de 0,44% no ICVM, devido ao recuo de 8% e 1,35% nos preços do etanol e da gasolina, respectivamente. "Na classe média, os itens manutenção de veículo, gasolina e etanol têm peso elevado, enquanto o ônibus não pesa quase nada", explicou.

 

Fonte: Folha.com


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