Sete em cada dez usuários (73%) de internet banda larga pretendem trocar de operadora. A conclusão é de um estudo de percepção sobre serviços e a indústria no Brasil feito pela consultoria CVA Solutions com mais de 6.000 pessoas.
Dos 38 setores avaliados, internet banda larga ficou
com a segunda pior nota: 5,94, em que 10 é a melhor. Um dos motivos é a
velocidade da conexão, já que 69% dos usuários têm internet de até 5 megabites.
Em países como a Coreia do Sul, a média é de 100 megabites.
As operadoras de celular aparecem com a avaliação mais
baixa do levantamento: 5,86. Para o serviço, 69,3% gostariam de trocar de
marca. A indústria de micro-ondas teve a melhor pontuação (8,87) entre os
ouvidos.
A TV por assinatura é terceira pior no ranking, com
nota 6,46 e um índice de 69% de usuários que gostariam de mudar de operadora.
"São notas muito ruins, porque são notas médias,
teve operadora que teve nota pior", afirma Sandro Cimatti, sócio-diretor
da CVA Solutions.
Segundo Cimatti, houve um aumento muito forte no número
de consumidores desses serviços nos últimos anos, impulsionado pelo aumento de
renda da população brasileira. Mas o investimento em telecomunicações não
acompanhou esse aumento, diz ele.
"As operadoras venderam mais do que conseguem
produzir", diz Cimatti.
O SinditeleBrasil, que representa as operadoras, disse
que ainda vai avaliar o conteúdo completo da pesquisa. A ABTA (Associação
Brasileira de TV por Assinatura) afirma que é precisa se "aprofundar com
mais tempo na análise dos detalhes da pesquisa para fazer uma avaliação
adequada".
A dificuldade das operadoras acompanharem o crescimento
no número de clientes ficou evidente no ano passado, quando a Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações) teve de suspender vendas diante para evitar
sobrecarga na rede.
Neste ano, a presidente Dilma Rousseff anunciou a
criação de um plano nacional de consumo para promover a melhoria dos serviços e
produtos e o atendimento aos clientes.
Fonte: Folha.com
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