Não
é saber falar várias línguas nem dominar a matemática ou a ciência nem ler
livros. Tampouco importa tanto assim a conjuntura econômica.
É
na tecnologia que a nova geração de adultos do planeta vê o fator determinante
para seu sucesso, segundo pesquisa conduzida pela Telefónica e pelo jornal
britânico "Financial Times".
Feito
pela internet, o levantamento teve como foco a faixa etária de 18 a 30 anos,
usualmente rotulada de "geração Y" ou "geração do milênio".
Foram entrevistadas mais de 12 mil pessoas em 27 países, inclusive o Brasil.
Quando
convidados a apontar qual o fator mais importante para seu sucesso, 36% deles
responderam que é a tecnologia, parcela maior do que a que elegeu a economia
(20%). Depois vieram línguas estrangeiras (13%), ciência (12%), matemática (4%)
e literatura (3%).
A
pesquisa mostrou ainda que a geração Y da América Latina fica conectada em
média 7 horas por dia, número semelhante ao dos EUA e superior ao da Europa (5
horas).
"Estar
on-line ou off-line é cada vez mais uma distinção sem significado",
afirmou o americano Alec Ross, que atuou como conselheiro digital na primeira
campanha presidencial e depois foi chamado por Hillary Clinton para trabalhar
no Departamento de Estado.
Ross
sugere aos executivos que convidem funcionários da geração do milênio para
reuniões de cúpula da empresa, apressando o que seria o plano tradicional de
carreira. "O mundo não está mudando; o mundo já mudou", disse.
"Eles veem o mundo com olhos ligeiramente diferentes dos meus [Ross tem 41
anos] e também do de vocês [executivos]."
"A
geração do milênio fala a linguagem digital sem sotaque", afirmou o
presidente da Telefónica na América Latina, Santiago Fernández Valbuena.
Em
seu recorte brasileiro, a pesquisa identificou sinais de que o nível de
confiança aqui é superior ao de outros lugares do mundo. Um desses indícios:
58% dos entrevistados brasileiros disseram estar otimistas em relação ao seu
futuro, bem acima da média mundial, de 32%.
Fonte: Folha.com
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