Divido
com você esse texto sob a influência da leitura do livro "Mindwise - How
we understand what other think, believe, feel and want", do psicólogo
Nicholas Epley, que poderíamos traduzir como "Percepção da mente, como
entendemos o que os outros pensam, acreditam, sentem ou querem".
Após a
leitura do livro me vi repassando, mentalmente, erros que cometi ou assisti
serem cometidos porque os participantes do projeto não sabiam a importância de
levar em consideração o que se passava pela cabeça dos demais.
Ao
recordar vejo pessoas super focadas no projeto, altamente preparadas após anos
de experiência numa empresa, mas com as indagações mentais do empregado que
havia sido durante 20 anos.
Como
era uma transição, todos nós acreditávamos estar preparados para o projeto. E
não sabíamos que a primeira decisão deveria ter sido nos concentrar na mudança
de nossas atitudes.
Em vez
disso, lá estava o super faz tudo, assumindo formalmente todas as tarefas, por
não saber que, como empresário, é conveniente saber mobilizar talentos, delegar
funções e avaliar resultados.
Noutras
situações, nos deparamos com o profissional habilitado mas sem ter aprendido,
ainda, que a cabeça de um executivo tem de se acostumar com a falta de salário
e se focar em resultados que possam ser transformados, parcialmente, em renda.
Outra
ameaça ao futuro das empresas são gestores que só funcionam sob ordens. São
viciados em serem lembrados, estimulados, cobrados. Resultado: gera um foco de
cansaço na equipe, desmotiva, faz desandar a organização.
Eis
alguns exemplos que o estimularão a ler o livro de Nicholas Epley, que você
pode baixar em inglês no site da Amazon.com ou começar a ficar atento aos
sinais que indicam o que seus parceiros realmente pensam.
Se a
pessoa é super qualificada, mas participa das reuniões com clientes deixando
transparecer a falta de interesse, é um risco torna-la sua sócia. O mesmo vale
se o profissional que não perde a oportunidade em provar para os clientes que é
um sabe tudo e que terá, sempre, a última palavra.
Cuidados
também devem ser adotados com as pessoas que a todo momento querem saber o
quanto a empresa vai lhes repassar no dia em que estavam acostumados a receber
seus holerites.
Porque
quem tem essas atitudes ainda está preso ao arcabouço mental do empregado e
ainda não deixou aflorar o empresário que consta do contrato social assinado
com você.
Mas,
segundo Nicholas Epley, só vamos ser bons mesmos em avaliar o que passa pela
cabeça dos outros quando nos dedicarmos a nos entender com mais profundidade.
E, sem
querer, costumamos fazer tudo para evitar tais exercícios. Doem demais,
incomodam muito e exigem um esforço imenso para que nos reeduquemos para entrar
em sintonia e aprender a entender as mentes ao nosso redor.
Fonte: UOL Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário