No
mundo dos negócios parece não haver dúvidas que inovar é o caminho para a
perenidade das empresas. Porém, o que muitos não sabem é que investir mais
dinheiro em inovação pode levar a resultados pífios.
Quando
o assunto inovação entra em discussão nas empresas de médio e grande porte, há
comitês destinados a criar processos internos que incentivem a inovação junto
aos funcionários.
Esses
processos visam à geração de novas ideias que se reflitam em melhorias de
desempenho (diminuição de custos) ou na criação de novos produtos e serviços
(aumento de receita).
Os
profissionais que trabalham diretamente com o desafio de incentivar a inovação
nas empresas geralmente contratam consultorias para auxiliar na estruturação de
tais processos.
Entre
as receitas consagradas mundialmente está a destinação de um orçamento para
projetos inovadores nas empresas. Porém, nem toda empresa executa essa receita
de maneira correta.
Isso é
o que constataram os pesquisadores Oliver Baumann da University of Southern
Denmark e Nils Stieglitz da Frankfurt School of Finance and Management na
Alemanha.
Entre
os problemas de apenas destinar dinheiro como incentivo individual aos
funcionários, achando que terão mais ideias inovadoras, é que muitos terão
muitas ideias, porém, a maioria inútil e incremental.
Histórias
de sugestões simplórias, como a mudança da cor da parede da sala, ou algo
similar, tornam-se casos de "sucesso" compartilhados no mundo
corporativo.
O
problema é que se a empresa busca inovações radicais, não será com mero incentivo
financeiro aos funcionários que vai conseguir.
Uma
maneira de corrigir esse problema não é eliminar o incentivo financeiro aos
funcionários, mas mudar a maneira como é atribuído. Há de separar o joio do
trigo. Projetos radicais devem ser tratados separadamente.
O erro
de muitas empresas é colocar todas as ideias em um mesmo funil e avaliá-las por
um mesmo comitê. Isso torna o processo impraticável. Ideias incrementais,
simples, devem ser tratadas na própria área e não em nível corporativo.
Ideias
que de fato podem trazer resultados significativos para a empresa devem ser
tratadas por um comitê especial, de preferência com o suporte direto do
presidente da empresa.
Para
separar ideias simples daquelas com maior potencial, todos os líderes, sejam
diretores, gerentes, supervisores etc. devem saber fazer essa triagem. E isso
se aprende utilizando técnicas de avaliação de ideias.
Os
empreendedores corporativos não são apenas os que têm grandes ideias, mas os
que sabem executá-las de maneira eficiente. O processo de incentivo à inovação
inicia com a capacitação desses executivos. Com isso, o dinheiro para a
inovação será mais bem aproveitado.
Fonte: UOL Notícias
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