O Banco
Central (BC) projeta alta de 11,5% nos preços da energia elétrica no Brasil,
além de esperar uma redução de 4,2% nas tarifas de telefonia fixa. As
estimativas foram divulgadas nesta quinta-feira (5) na ata do Comitê de Política
Monetária (Copom).
Na última ata, divulgada em abril, o governo esperava
um reajuste de 9,5% nas contas de energia elétrica.
A ata se refere à reunião realizada na semana passada para
definir a taxa básica de juros, a Selic,
que foi mantida em 11% ao ano. Os membros do Copom
discutem a situação econômica do país sob vários aspectos para definir se
haverá ou não alteração na taxa.
O BC
informou nesta ata que os efeitos de sua política econômica "em parte,
estão por se materializar", e que ela tem de se manter "vigilante".
O Copom
também afirmou que "as decisões futuras de política monetária serão
tomadas com vistas a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a
trajetória de metas".
BC
reduz projeção de inflação
O
principal fator considerado pelo BC é a inflação, já que a taxa de juros
normalmente é utilizada para controlar a alta dos preços. Na ata, o Copom
informou que as projeções para inflação neste ano e no ano que vem diminuíram,
mas continuam acima da meta do governo. A ata não traz os números das
projeções.
O
governo tem uma meta de manter a inflação em 4,5% ao ano, com tolerância de 2
pontos percentuais para cima ou para baixo. Ou seja, a tentativa é de manter a
alta dos preços entre 2,5% e 6,5% ao ano.
O Copom
eleva a Selic quando considera que a inflação está em alta. Essa taxa é usada
nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e
Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da
economia.
Quando
o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera
reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança.
Quando
o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato,
com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a
inflação.
Fonte: UOL Notícias
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