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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Vendas no varejo caem 0,4% em abril, com inflação e crédito restrito



As vendas no varejo brasileiro recuaram 0,4 por cento em abril sobre março, segundo mês seguido de queda, apontando que a fraqueza do consumo se estendeu para o início do segundo trimestre com inflação elevada e crédito restrito.
Em março, as vendas haviam recuado 0,5 por cento, depois de terem ficado estagnadas no mês anterior.Na comparação com abril do ano passado, as vendas subiram 6,7 por cento, após queda de 1,1 por cento no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
Nesse caso, entretanto, o IBGE destacou que o número foi inchado porque a Páscoa ocorreu em abril neste ano, enquanto em 2013 foi em março.
Os número mensal foi ligeiramente pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters, cuja mediana apontava queda de 0,20 por cento, mas o dado anual ficou acima da projeção de avanço de 6,20 por cento.
"A inflação impacta mais supermercados, o crédito está mais restrito.. e a renda disponível está menor com despesas e inadimplência", afirmou o economista do IBGE Nilo Lopes, acrescentando que o consumidor também está mais cauteloso sobre o futuro.
A fraqueza foi generalizada entre as atividades, com seis das oito pesquisadas no varejo restrito registrando retração na comparação mensal em volume de vendas.
Entre os destaques, ficou o recuo de 1,4 por cento nas vendas em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.
Também mostraram queda mensal Livros, jornais, revistas e papelaria (2,7 por cento) e para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,6 por cento).
O IBGE informou ainda que apenas a atividade Outros artigos de uso pessoal e doméstico mostrou leve expansão no período, de 0,3 por cento, enquanto Artigos farmacêuticos ficou estagnado.
"Quando os alimentos sobem de preços, as pessoas gastam menos ou substituem marcas, o que resulta em despesas menores", afirmou Lopes.
A inflação em 12 meses tem ficado acima de 6 por cento, próximo ao teto da meta do governo, de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
O IBGE informou ainda que a receita nominal do varejo subiu 0,60 por cento por cento em abril sobre março e avançou 13,50 por cento na comparação anual.
VEÍCULOS
Já o volume de vendas no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, teve alta de 0,6 por cento em abril na base mensal, influenciado pelo avanço de 5,4 por cento em Veículos e motos, partes e peças.
"O crédito está mais restrito este ano, mas há sinais da retomada de crédito para o segmento de veículos, o que pode explicar o crescimento das vendas", completou Lopes.
As vendas varejistas no país mostraram perda de força ao longo dos três primeiros meses do ano, em um cenário de inflação persistentemente alta e aumento de juros após ciclo de aperto monetário promovido pelo Banco Central, que elevou a Selic para os atuais 11 por cento. Isso encarece o crédito e afeta a confiança do consumidor, que recuou em abril e maio e atingiu o menor nível desde abril de 2009.
"O cenário para as vendas no segundo trimestre de 2014 continua fraco dada moderação no fluxo de crédito e significativa deterioração observada na confiança do consumidor em abril e maio", avaliou o diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos. No primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu apenas 0,2 por cento sobre últimos três meses do ano passado. E as expectativas são de expansão de menos de 1,5 por cento em 2014 fechado, abaixo dos 2,5 por cento vistos no ano passado.
Fonte: REUTERS

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