O setor
de serviços do Brasil registrou expansão apenas modesta em maio, reprimida pelo
ambiente econômico difícil e com as expectativas sobre a atividade de negócios
atingindo o menor nível histórico, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes
de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quarta-feira.
Em
maio, o PMI de serviços subiu a 50,6, frente a 50,4 em abril, mantendo-se pelo
quarto mês seguido acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
Porém, o índice foi "consistente com um ritmo de aumento modesto",
segundo o Markit, que realiza a pesquisa.
Esse
resultado, somado à piora da contração da indústria, levou o PMI Composto do
Brasil a 49,8 em maio, sobre 49,9 em abril.
O
aumento da atividade de serviços foi creditado à Copa do Mundo e a alta no
volume de novos pedidos, atribuída pelos entrevistados ao crescimento estável
da demanda.
Quatro
dos seis subsetores monitorados registraram maiores níveis de novos trabalhos.
No entanto, também foram citadas pressões competitivas e condições econômicas
difíceis, o que impediu desempenhos melhores.
As
incertezas econômicas, somadas às eleições, também foram consideradas como
ameaça cada vez maior para as perspectivas de negócios. Isso levou o índice que
mede o sentimento para daqui a 12 meses ao nível mais baixo desde o início da
pesquisa, em março de 2007, atingindo 52,2 após 59,5 em abril.
"O
que chama nossa atenção é que o índice de expectativas de negócios caiu com
força pelo segundo mês seguido... sinalizando aumento no risco para a atividade
econômica nos próximos trimestre", avaliou o economista-chefe do HSBC,
Andre Loes.
Cerca
de 5 por cento das empresas consultadas esperam que a atividade tenha expansão
em 12 meses, contra 19 por cento no mês anterior.
O
número de funcionários no setor de serviços aumentou da forma mais lenta desde
agosto do ano passado, ainda segundo o PMI. Já em relação aos preços, a taxa de
inflação de insumos, embora pressionada pelos custos de salários, combustíveis
e importações, atingiu recorde de baixa para a pesquisa.
No
primeiro trimestre, a economia brasileira desacelerou e cresceu apenas 0,2 por
cento sobre os três meses anteriores, principalmente por conta da performance
ruim da indústria e dos investimentos.
Fonte: REUTERS
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