"A
inatividade é um comportamento inteligente", escreveu Warren Buffet, um
dos empreendedores mais bem sucedidos do mundo, de acordo com o texto "A
igreja de Warren Buffet", de Mattathias Schwartz, publicado na edição 43
da Revista Piauí.
Adotar
a inatividade como momento para reflexão, avaliação das oportunidades não
percebidas pela concorrência e, especialmente, para avaliar nossas alianças, o
andar da nossa carruagem e nosso potencial exige coragem. Muita coragem.
Na
maioria das vezes o burburinho da vida nos arrasta para redes sociais,
consultas a e-mails, respostas inadiáveis a problemas que não nos trazem nenhum
tipo de retorno.
A
ocupação em si nos satisfaz psicologicamente, "nem vemos o tempo
passar", e muitos empreendedores acreditam, de verdade, que estão
agregando valor às suas empresas, ao se submeter a agendas inconsequentes ao
longo dos dias, semanas e meses.
Vistos
de fora e nas próprias avaliações se consideram "empresários ativos".
Que se esforçam na busca de ganhos que imaginam premiarão aqueles que se
esforçam.
Para
descobrir, meses depois, que a ação sem a reflexão, sem permitir que a própria
imaginação e intuição os ajudem a realizar ajustes finos, consome energia,
capital e os torna cegos às oportunidades.
E quais
são esses ajustes finos? Ao refletir o empreendedor se obriga a avaliar o
próprio desempenho. A medir retornos tangíveis em função dos acordos
estabelecidos. A dimensionar as eventuais entradas como lucros ou como
prejuízos.
A
reflexão, turbinada com a imaginação e intuição, ajudará o empresário a captar
todas as nuances do empreendimento, que apontarão para oportunidades
subaproveitadas pela concorrência, para novos posicionamentos ou até mesmo
mudanças radicais no foco da empresa.
Mas
exige coragem porque é muito mais fácil "deixar a vida nos levar".
Pois ao seguirmos a correnteza, aceitamos, também, a cumplicidade dos nossos
aliados e parceiros.
E
quanto mais dinâmico for o turbilhão de tarefas, reuniões e tomadas de decisão
mais o executivo da nova empresa corre o risco de ser arrastado para uma
eventual queda d"água, com consequências imprevisíveis.
Fonte: UOL Notícias
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