A avaliação de especialistas sobre o clima econômico no Brasil
melhorou em outubro depois da forte deterioração observada na metade do ano,
quando uma onda de manifestações se espalhou pelo país.
Apesar da melhora, o índice que
mede a percepção de economistas em relação à economia brasileira, --agora em
4,8 pontos--, ainda é um dos mais baixos entre as principais economias da
América Latina. Só fica à frente da Venezuela (1), Argentina (3,9) e do México
(4,5), que teve uma relevante piora em relação à última avaliação, em julho.
Quando considerada a média dos
últimos quatro trimestres, o Brasil (5) só ganha de Venezuela (1,2) e Argentina
(4).
Os dados constam de
levantamento feito pela FGV (Fundação Getulio Vargas) em parceria com o
instituto alemão Ifo e divulgado nesta quarta-feira (13). A pesquisa é feita
com base em respostas de 137 especialistas em 17 países.
Desde o início do ano, fatores
como os níveis elevados de inflação e a intervenção do governo na economia têm
afetado os índices de confiança em relação ao país. A onda de protestos
registrada em junho e julho ajudou agravar a sensação de incerteza.
O índice de clima econômico do
Brasil abriu ano em 5,9 pontos, próximo da média dos últimos dez anos (6,1),
mas veio piorando ao longo dos meses até atingir 3,8 em julho.
Em outubro, houve melhora tanto
nos subindicadores de situação atual --passou de 3,3 para 4,2-- como no
componente que mede a confiança em relação ao futuro, que avançou para 5,3
pontos.
O indicador de clima da América
Latina ficou estável em outubro, em 4,4 pontos. Escassez de mão de obra
qualificada e falta de confiança nas políticas governamentais são os fatores
que mais contribuíram para afetar o indicador na região, segundo a FGV.
Fonte: Folha.com
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