Quando alguém procura
ajuda de um planejador financeiro, qual seu objetivo?
Normalmente, um ou
vários itens da lista a seguir, segundo os educadores e planejadores
financeiros Everton Vieira de Lima, da DSOP, Jailon Giacomelli, do Instituto
Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF) e Mauro Calil,
da Academia do Dinheiro.
Os
10 maiores sonhos financeiros
1. Comprar
ou trocar a casa própria
2.
Comprar ou trocar o carro
3.
Comprar uma casa para lazer ou
investimento
4.
Conseguir se organizar
financeiramente
5.
Estudar fora do país
6.
Fazer uma viagem
7.
Guardar dinheiro
8.
Libertar-se das dívidas
9.
Ser independente financeiramente
10.
Ter dinheiro para casar
Dez
desejos se resumem a dois objetivos principais
Essas dez demandas podem
ser resumidas em duas principais, segundo o planejador financeiro Mauro Calil,
da Academia do Dinheiro, que tem mais de 20 anos de experiência no mercado
financeiro e é autor de livros como "Separe uma verba para ser feliz"
e o recém-lançado "A Receita do Bolo - os ingredientes necessários para o
seu primeiro milhão".
1.
Sou descontrolado financeiramente e
preciso de disciplina.
2.
Minhas aplicações financeiras não
estão rendendo nada e quero alguém que me ensine onde aplicar para que o
dinheiro renda mais.
"Em ambos os casos,
o que ocorre é que as pessoas têm uma expectativa muito alta e acham que uma
planilha vai resolver tudo, ou que uma aplicação vai render tanto quanto na
época da inflação de 30% ao mês, o que não acontece."
Objetivo
de curto prazo é se livrar de dívidas ou viajar
Segundo o educador
financeiro da DSOP, Everton Vieira de Lima, de São Paulo, mais de 90% das
pessoas que o procuram estão endividadas.
A primeira orientação
que ele dá aos seus clientes é que estabeleçam os objetivos financeiros que
querem atingir no curto, médio e longo prazo. "Tendo objetivos, fica mais
fácil guardar o dinheiro e desprezar gastos inúteis, além de reorganizar as
contas", diz.
Lima afirma que o
objetivo de curto prazo deve ser atingido dentro de um ano. Nesse item,
normalmente as pessoas escolhem viajar ou quitar as dívidas.
O objetivo de médio
prazo deve ser atingido dentro de 10 anos. Segundo Lima, uma pessoa mais jovem
costuma escolher o primeiro carro. Se for mais velho, geralmente opta pela
compra da casa própria ou pela mudança de imóvel.
Nos objetivos acima de
10 anos, Lima diz que incentiva sempre que as pessoas busquem sua independência
financeira. "É preciso pensar no complemento à aposentadoria do
INSS."
Pessoas
lembram de planejar aposentadoria quando estão perto de se aposentar
Mauro Calil diz que é
muito comum que as pessoas se esqueçam de planejar o futuro. "Quase 70%
das pessoas que me procuram não pensam na aposentadoria. Ou, quando pensam, é
porque já estão perto demais de se aposentar."
Jailon Giacomelli, sócio
da consultoria em planejamento financeiro Parmais, em Florianópolis, e membro
do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, também
concorda que as pessoas quando o procuram pela primeira vez não têm muito claro
quais são seus objetivos.
"Muitas vezes, elas
precisam de duas, três conversas, para perceber que seus sonhos estão ligados a
viagens, troca de casa ou compra de uma casa maior."
De cada 10 pessoas que o
procuram, 7 estão com suas finanças totalmente desorganizadas, ele diz.
"Por isso, o principal objetivo delas é se organizar para saberem quanto
gastam ou mesmo quanto ganham, no caso de profissionais liberais."
"Apagar o fogo
primeiro e depois conquistar o sonho é apenas uma questão de organização",
diz Giacomelli.
Viver
para realizar sonhos, não para pagar contas
Como alcançar seus
objetivos? Com organização, conhecimento e disciplina, afirma Mauro Calil.
Segundo ele, à medida que a pessoa vai adquirindo consciência sobre o que quer,
ela aprende a se organizar melhor, a fazer planos melhores e também vai
perceber que gastava fortunas em pequenas migalhas.
"Eu ensino que a
pessoa deve cortar os gastos tolos. Se economizar R$ 5 por dia durante um ano,
serão R$ 1.825,00 a mais no bolso."
O gasto tolo, segundo
Calil, é aquele que não te traz um prazer permanente ou duradouro. "É
comprar toda hora um pão de queijo e um cafezinho. Ou três sandálias parecidas.
É pagar o 'flanelinha' na porta do estádio de futebol."
Everton Lima diz que se
a pessoa ganhar R$ 1.000, por exemplo, e precisar guardar R$ 100 para realizar
cada objetivo, ela deverá adaptar sua vida ao gasto mensal de R$ 700. Dessa
forma, os sonhos estarão blindados. "A pessoa deixa de ser consumista, de
gastar indiscriminadamente."
À medida que o objetivo
for atingido, deve ser substituído por outro. "As pessoas que não tem
objetivos vão viver a vida e trabalhar para pagar contas. Nós queremos que elas
vivam para realizar seus sonhos", diz Lima.
Fonte: UOL Economia
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