A economia brasileira não sustentou
a tendência de aceleração registrada em outubro do ano passado após o fraco
desempenho do terceiro trimestre.
A atividade caiu 0,31% em novembro na comparação com o mês
anterior, segundo estimativa do Banco Central medida pelo IBC-Br, indicador de
atividade.
O número é pior do que a expectativa dos analistas. As previsões
variavam entre queda de 0,1% a um avanço de 0,2%, baseado no desempenho pouco
melhor do varejo no mês.
Também mostra a instabilidade no crescimento da economia no ano
passado. O resultado de novembro representou o oitavo mês seguido de em que o
índice alternou altas e baixas. Em outubro, havia subido 0,7%.
Apesar da volatilidade, o indicador do BC acumula expansão de
2,43% em 12 meses. A previsão do mercado para o fechamento do ano é de 2,30%.
Relatório do banco Bradesco nota que o resultado de novembro
contrariou "a sinalização mais favorável apontada pelos indicadores de
atividade, como as vendas no varejo e a produção industrial, cujos resultados
até surpreenderam de forma positiva em novembro".
Apesar da queda inesperada, o banco preferiu manter sua
expectativa de crescimento do PIB de 0,7% no quarto trimestre, após queda de
0,5% verificada no período anterior.
O IBC-BR foi lançado como uma espécie de "prévia" do
PIB, cujo resultado oficial é divulgado trimestralmente pelo IBGE, com
defasagem de cerca de dois meses. Os resultados, no entanto, nem sempre ficam
próximos, o que reduziu a credibilidade do indicador do BC.
Segundo alguns analistas, a diferença ocorre porque o BC não usa o
mesmo método do IBGE de ajuste sazonal – quando são descontados os efeitos
típicos de cada período para permitir comparações entre meses e trimestres
diferentes.
Fonte: Folha.com
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