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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Cenário de incertezas trava negócios de fusões e aquisições no Brasil



As incertezas em relação ao desempenho da economia brasileira fizeram com que as operações de compra e venda de empresas andassem mais devagar em 2013.
O interesse pelo Brasil continuou alto, mas, no final, negócios relevantes acabaram não concluídos, de acordo com alguns dos principais escritórios de advocacia do país ouvidos pela Folha.
Além do baixo crescimento, os efeitos da desvalorização do real, as manifestações de rua e a memória da intervenção do governo no setor elétrico, feita no final do ano passado, contribuíram para a indecisão dos investidores, dizem advogados que assessoram operações desse tipo.
Eles afirmam que os compradores, especialmente os estrangeiros, ficaram mais reticentes e, com isso, as operações demoraram mais para se concretizar.
Números do mercado corroboram essa percepção. A mudança na disposição dos investidores apareceu especialmente nos valores envolvidos: R$ 15 bilhões a menos que no ano anterior, segundo dados da consultoria TTR - Transactional Track Record, que mapeia diariamente as operações no Brasil.
Até meados de dezembro, foram concluídas 809 fusões ou aquisições, envolvendo R$ 173 bilhões. Em 2012, foram 860 operações, movimentando quase R$ 188 bilhões.
SAÚDE
Um dos grandes negócios de 2012 foi a venda da Amil para a americana United Health, uma transação de quase R$ 10 bilhões à época (US$ 4,9 bilhões).
O mercado de compra e venda de empresas reflete a percepção dos investidores sobre o futuro. Quando as perspectivas são positivas, a tendência é que corram para adquirir companhias à espera de retorno alto com a explosão do consumo.
Já nos momentos de incerteza, muitos optam por analisar mais a fundo suas opções, barganhar valores ou crescer por meio da expansão do próprio negócio.
A derrocada dos negócios de Eike Batista, que correu para vender boa parte de suas empresas, ajudou a movimentar o mercado, afirmam advogados. Eles ponderam, contudo, que o episódio vai impor desafios aos investidores nos próximos anos.
"Quem está contemplando operações terá de ser muito mais diligente. Aquela coisa de comprar no impulso, que se via antes, não deve mais acontecer", afirma Alexandre Bertoldi, sócio-gestor do Pinheiro Neto Advogados.
O calendário do ano que vem também promete impor dificuldades ao mercado. Além da Copa do Mundo, será ano eleitoral.
"É natural que as pessoas aguardem uma definição sobre quem será eleito para que se sintam confortáveis em fechar o negócio", diz Monique Mavignier, do Barbosa, Mussnich e Aragão.

Fonte: Folha.com

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