Em vez da calma esperada por alguns, a decisão do banco
central da Turquia de elevar a taxa de juro trouxe mais nervosismo ao mercado
local. A leitura é que a decisão da Turquia evidencia o quão errados estavam os
níveis de preço e o quão intensa tem de ser a dose do remédio necessária nessa
situação. No caso do Brasil, que tem algumas características comuns, ainda que
menos intensas, cresce o receio de que uma ação também mais firme - leia-se, um
aperto monetário maior - tenha de ser adotada.
"O banco central aqui saiu na frente e fez mais do que o mercado esperava. Mas o que o mercado teme é que possa ser necessária uma correção maior", diz um operador.
A alta de juros na Turquia é uma tentativa de corrigir um quadro negativo que, em certa medida, guarda semelhanças com a situação brasileira. O BC turco fez um corte de juros considerado excessivo em 2012, levando a taxa básica ao menor nível da história. Embora a inflação esteja alta - acima de 7% -, o governo resistia a autorizar um aperto monetário. Foi forçado a ceder com a pressão sobre o câmbio, diante do nível de vulnerabilidade externa.
Elevar a taxa de juro para 12%, na visão de muita gente no mercado, não é suficiente para resolver os problemas da Turquia. Essa leitura é que assusta os investidores no Brasil. Embora ninguém defenda que os riscos do Brasil sejam do mesmo tamanho, a natureza dos problemas é a mesma. Por isso, na dúvida, o mercado aposta em juros mais altos.
Os Depósitos Interfinanceiros (DIs) foram nesta manhã a máximas inéditas. O DI janeiro/2017 se aproximou da marca de 13% logo na abertura e, há pouco, era negociado a 12,89%.
"O banco central aqui saiu na frente e fez mais do que o mercado esperava. Mas o que o mercado teme é que possa ser necessária uma correção maior", diz um operador.
A alta de juros na Turquia é uma tentativa de corrigir um quadro negativo que, em certa medida, guarda semelhanças com a situação brasileira. O BC turco fez um corte de juros considerado excessivo em 2012, levando a taxa básica ao menor nível da história. Embora a inflação esteja alta - acima de 7% -, o governo resistia a autorizar um aperto monetário. Foi forçado a ceder com a pressão sobre o câmbio, diante do nível de vulnerabilidade externa.
Elevar a taxa de juro para 12%, na visão de muita gente no mercado, não é suficiente para resolver os problemas da Turquia. Essa leitura é que assusta os investidores no Brasil. Embora ninguém defenda que os riscos do Brasil sejam do mesmo tamanho, a natureza dos problemas é a mesma. Por isso, na dúvida, o mercado aposta em juros mais altos.
Os Depósitos Interfinanceiros (DIs) foram nesta manhã a máximas inéditas. O DI janeiro/2017 se aproximou da marca de 13% logo na abertura e, há pouco, era negociado a 12,89%.
Fonte: Valor ONLINE
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