Bancários
de bancos públicos e privados de todo o país entram em greve nacional nesta
terça-feira (30), por tempo indeterminado.
De
acordo com o órgão sindical, por volta das 9h45, 75 sindicatos em 24 Estados,
ligados à Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro), tinham aderido à paralisação.
O
Comando Nacional é formado pela Contraf-CUT, dez federações e 134 sindicatos de
bancários de todo o país, que representam mais de 90% dos 511 mil trabalhadores
de bancos públicos e privados.
Um
balanço do primeiro dia de greve será divulgado no final da tarde desta terça,
com base nas informações que estão sendo enviadas pelos sindicatos para a
Contraf-CUT.
Procurada pelo UOL, a
entidade que representa os bancos, a Febraban, ainda não tinha se pronunciado
até a publicação desta reportagem.
Consumidor
deve pagar as contas em dia
A greve dos bancários não tira do consumidor a obrigação
de pagar as contas em dia, segundo o Procon de
São Paulo. A orientação do órgão é que os consumidores procurem as empresas que
emitiram as faturas para pedir outras opções de pagamento.
É
importante lembrar que há vários serviços alternativos que não são afetados
pela greve, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativo do banco no
celular (mobile banking), operações bancárias por telefone e também pelos
correspondentes, que são casas lotéricas, agências dos Correios, redes de
supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.
Os
pagamentos também podem ser feitos por meio de cheque, cartão e Débito Direto
Autorizado (DDA).
Reivindicações
e propostas
No
sábado (27), a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) propôs reajuste de 7,35%
para salários e demais verbas, sendo 0,94% de aumento real, descontando a
inflação. Para os pisos, a proposta foi de reajuste de 8%, sendo 1,55% acima da
inflação.
A
proposta foi considerada insuficiente. Os trabalhadores pedem aumento de 12,5%.
"Além
de o índice de reajuste não atender a expectativa dos bancários, a proposta não
contempla as reivindicações não econômicas, que para nós são imprescindíveis,
como garantia de emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral,
segurança bancária e igualdade de oportunidades", afirma Carlos Cordeiro,
presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Por sua
vez, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) afirmou que "a proposta
apresentada viabiliza uma negociação célere para o fechamento de um
acordo", segundo comentário do diretor de relações do trabalho da
entidade, Magnus Ribas Apostólico, em comunicado divulgado nesta sexta-feira.
Os
trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias no ano passado, que foi
encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de
1,82%.
Fonte: UOL Notícias
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