É comum
ouvir empresários explicando as atitudes de seus concorrentes com expressões do
tipo "fez maldade", "me sacaneou", "foi
desonesto" etc. - frases que seriam mais adequadas a um diálogo entre
personagens das novelas da TV.
À
medida que o empreendedor consegue sobreviver ao longo de anos (talvez
décadas), aprende que a "maldade" no ambiente de negócios pode ser
traduzida, na imensa maioria das vezes, por ações de concorrentes, que podem
ser agressivas, predadoras, fulminantes. Mas que fazem parte da guerra pela
sobrevivência da empresa e que podem ser respondidas, também, com os mesmos
ataques, desde que não rompam os limites legais.
Sem a
desculpa dos adjetivos, restará ao empreendedor, especialmente se for novato,
reconhecer as batalhas que sua empresa enfrentará no mundo real. Perceberá que
manter a empresa aberta exigirá, além da competência gerencial, a estratégia de
um guerrilheiro em combate.
Trata-se
de uma disputa permanente por recursos, fornecedores e clientes. Cada uma das
frentes de batalha pode abrir um flanco que permitirá que seu concorrente
avance para os corações, mentes e bolsos de seus clientes, transformando sua
empresa em registros de falência da Junta Comercial.
E você,
caso não tenha entendido os ataques fulminantes dos concorrentes, percorrerá
bares e casas de parentes reclamando das maldades, das desonestidades e das
sacanagens.
Em vez disso, talvez o interessante seja se manter em alerta máximo. Porque a concorrência, além de legítima, tende a se tornar cada vez mais agressiva, subterrânea e intangível nesse mundo cada dia mais globalizado.
Em vez disso, talvez o interessante seja se manter em alerta máximo. Porque a concorrência, além de legítima, tende a se tornar cada vez mais agressiva, subterrânea e intangível nesse mundo cada dia mais globalizado.
Quanto
mais sucesso sua empresa faz, mais atenção chama dos concorrentes que avaliam
seu negócio como um modelo vivo no qual se inspiram. Ou seja, se você se
empolgar e relaxar, bau-bau, vai alimentar, querendo ou não, a sanha dos que
querem seu mercado, seus clientes, seus produtos e seus serviços.
E esses
concorrentes vão acumular recursos, informações estratégicas (que muitas vezes
você não controla) e recrutar talentos (muitas vezes selecionados nas suas
fileiras) e atacá-lo sem piedade. Na maioria das vezes, de maneira velada, como
acontece em toda guerrilha.
Porque
ainda vale o antigo provérbio romano que diz, em latim: "Si vis pacem,
para bellum" ou "Se queres a paz, prepara-te para a guerra", do
autor latino do 4º século, Publius Flavius Vegetius Renatus.
Ou você
acreditou mesmo que seria moleza ser empreendedor?
Fonte: UOL Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário