A taxa
de desemprego do Brasil subiu pelo segundo mês seguido e atingiu 5 por cento em
agosto, mas manteve-se em níveis historicamente baixos, ao mesmo tempo em que a
renda média da população voltou a subir às vésperas das eleições presidenciais.
Segundo
informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta
quinta-feira, a taxa de desemprego é a menor para agosto da série, iniciada em
março de 2002.
"Em
agosto, houve geração de vagas, mas não foi significativa para absorver os
desempregados", afirmou o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.
Após
adiar a divulgação de dados por três vezes seguidas devido à greve de
servidores, o IBGE mostrou ainda por meio da Pesquisa Mensal de Emprego (PME)
que a taxa de desemprego ficou em 4,9 por cento em maio, caindo a 4,8 por cento
em junho e indo a 4,9 por cento em julho.
O
resultado de agosto ficou pouco acima de pesquisa da Reuters, cuja mediana
apontou que a expectativa era de que a taxa de desemprego atingisse 4,9 por
cento em agosto.
Apesar
de o desemprego ter oscilado um pouco para cima, o rendimento médio da
população subiu 1,7 por cento no mês passado sobre julho, voltando a crescer
após duas quedas seguidas, chegando a 2.055,50 reais.
O
mercado de trabalho ainda favorável, apesar de mostrar sinais de perda de
fôlego, tem sido uma das principais armas da presidente Dilma Rousseff (PT) na
disputa pela reeleição em outubro, em meio à fraqueza da atividade econômica e
inflação elevada.
O IBGE
informou ainda que a população ocupada subiu 0,8 por cento em agosto na
comparação com julho, para 23,139 milhões de pessoas, com queda de 0,4 por
cento sobre um ano antes.
Já a
população desocupada chegou a 1,221 milhão de pessoas, alta de 3,3 por cento
ante julho, e recuo de 5,8 por cento sobre um ano antes. Os desocupados incluem
tanto os empregados temporários dispensados quanto desempregados em busca de
uma chance no mercado de trabalho.
O IBGE
trabalha para substituir a PME pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, mais abrangente. De acordo com o novo indicador, no primeiro
trimestre deste ano a taxa média de desemprego do Brasil estava em 7,1 por
cento.
Fonte: REUTERS
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