A taxa de desemprego teve, em 2013, o seu primeiro aumento desde
2009, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Por outro lado, a renda
do trabalhador também subiu.
Do total da população ativa, 6,5% estavam desempregados no ano
passado, segundo a versão mais recente da Pnad, que é anual e foi divulgada
nesta quinta-feira (18). Em 2012, a taxa era de 6,1%.
Em setembro de 2008, a quebra do banco americano Lehman Brothers
desencadeou uma crise financeira internacional, atingindo o mercado de trabalho
de diversos países –em alguns casos, com mais intensidade, em outros, com
menos. No Brasil, a taxa de desocupação passou de 7,1% em 2008 para 8,3% em
2009, segundo a Pnad.
Apesar de ter aumentado de 2012 para 2013, a desocupação continua sendo
a segunda menor desde 2004, quando se iniciou esta série de dados da Pnad.
Ainda que a desocupação tenha aumentado, o rendimento médio das pessoas
ocupadas obtido com o trabalho continuou subindo acima da inflação, de acordo
com o IBGE. Em 2012, o valor era de R$ 1.600 (em valores atuais). Em 2013,
atingiu R$ 1.681, o que representa uma alta real de 5% (já descontada a
inflação).
De acordo com a série sobre rendimento, que se inicia em 2001, os ganhos
da população caíram de 2002 a 2004; depois, passaram a subir continuamente.
Em 2004, a população ocupada ganhava, em média, o equivalente a R$
1.169, a preços de hoje. Desde então, a alta acumulada é de 43,8% acima da
inflação.
Resultados
são diferentes da pesquisa mensal de desemprego
Os
números sobre desemprego e rendimento da Pnad, que são divulgados anualmente, diferem
daqueles apresentados pela PME (Pesquisa Mensal de Emprego), também do IBGE,
por causa de diferenças metodológicas.
Enquanto
a PME abrange apenas seis regiões metropolitanas, a Pnad alcança os 26 Estados
mais o Distrito Federal. Nos dados históricos da série harmonizada citados
acima, apenas as populações da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima,
Pará e Amapá não foram incluídas.
Outra
diferença metodológica está no fato de que a PME considera como população em
idade ativa todas as pessoas com dez anos ou mais de idade. Já a Pnad inclui
apenas os que têm 15 anos ou mais.
A Pnad
usa sempre o mês de setembro como referência para os seus dados. A taxa de
desocupação e o rendimento citados acima correspondem, portanto, ao que foi
auferido em setembro de cada ano.
Por
causa de diferenças com essas, a PME não captou o aumento da taxa de
desocupação após a crise. De acordo com essa pesquisa, o desemprego estava em
5,4% em setembro de 2013, mesmo número registrado em igual mês de 2012.
Intervalo
de confiança
Por ser
uma pesquisa por amostra, as variáveis divulgadas pela Pnad estão dentro de um
intervalo numérico, que é o chamado "erro amostral". Segundo o IBGE,
não há uma margem de erro específica para toda a amostra. Para a Pnad 2013,
foram ouvidas 362.555 pessoas em 148.697 domicílios pelo país.
Fonte: UOL Economia
Nenhum comentário:
Postar um comentário